Ômega-3: um aliado no combate à depressão em adolescentes
- Patrícia Oliveira
- 21 de ago. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 31 de out. de 2024
O transtorno depressivo em adolescentes é um problema de saúde pública global, com uma prevalência ao longo da vida de 11,0% e uma taxa de 12 meses de 7,5%. A depressão nessa fase da vida não só impacta negativamente o bem-estar emocional, mas também acarreta prejuízos cognitivos, na memória e nas interações sociais, aumentando significativamente o risco de incapacidade e suicídio.
Apesar da urgência, o tratamento eficaz para a depressão em adolescentes ainda é insuficiente. Medicamentos antidepressivos de primeira linha, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), incluindo citalopram, paroxetina e sertralina, demonstraram eficácia limitada no tratamento de episódios depressivos agudos em crianças e adolescentes, conforme apontam evidências recentes.
Diante disso, o desenvolvimento de terapias complementares é crucial para aprimorar os resultados clínicos e o prognóstico desses pacientes. Uma dessas opções adjuvantes são os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (ω3), particularmente o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias.
Estudos indicam que o ômega-3 pode ser eficaz na redução dos sintomas depressivos, além de melhorar a função cognitiva, a memória e até mesmo a resposta de rubor cutâneo à niacina (B3). Este teste de rubor cutâneo à niacina é um método bioquímico que pode estar relacionado tanto aos sintomas depressivos quanto à cognição.
Em resumo, o ômega-3 atua nos sistemas serotoninérgico e dopaminérgico, que estão implicados na patogênese da depressão. Por isso, ele se mostra uma opção promissora no tratamento adjuvante para adolescentes com depressão.
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Referências:
PMID: 38190276
DOI: 10.1016/j.jad.2023.10.151
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